O mundo está mudando a uma velocidade ingovernável – e sim, esse cenário de desenvolvimento tem como protagonista a China. Diversos estudos e aquilo que aprendemos ao longo da nossa vida seja ela acadêmica ou profissional, é que a vanguarda para o domínio econômico de uma nação, foi moldada pelo Ocidente e seu berço civilizatório, até então bem consolidado.
Mas convido você – leitor, interessado a empreender com os produtos e tecnologias da China, a fazer uma breve leitura de apresentação que eu preparei sobre o futuro dos seus negócios. E até mesmo, um convite para repensar sua opinião sobre a China e compreender sua irreversível ingerência sobre os modelos de negócio no mundo ocidental.
Se você chegou até aqui, com certeza, você está interessado em conhecer um pouco mais sobre esse país totalmente focado em inovação e tecnologia. Nesse artigo será possível conhecer a China através dos seguintes tópicos:
- China a passos largos para ser a maior economia global
- Uma breve história sobre a escalada econômica da China
- A constante modernização da China sem perder de vista a sua tradição
- O futuro dos negócios está na China!
China a passos largos para ser a maior economia global
Há 10 anos, pouco depois que eu, pessoalmente, decidi por apostar em um negócio próprio e consequentemente aprender como fazer comércio com os chineses, o que é muito diferente da maneira como nós entendemos a palavra comércio, haviam projeções apontando um painel que dizia que a economia chinesa, em 2025 seria igual a economia americana.
Ainda não chegamos em 2025, mas novos estudos já apontam para uma ascensão da China frente a economia americana, como a maior economia global até 2030.
A China foi o único país que não sofreu uma estagnação em 2020 diante da pandemia global causada pelo Covid-19 e, pelo contrário, os últimos dados mostram um crescimento médio anual de 5,7% entre 2021 e 2025 – seguindo essa entoada, o vice-presidente do CEBR (Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês) Douglas McWilliams, disse “a economia chinesa não se beneficia apenas com o controle da pandemia, mas também com a aplicação de políticas agressivas voltadas para alguns setores, como a manufatura avançada.” E falando sobre indústria – o país já superou os Estados Unidos e a União Europeia, com o maior desempenho mundial, sendo campeão na exportação global de seus produtos, e já desbancou essas clássicas economias que antes dominavam as riquezas e a evolução tecnológica.
Uma breve história sobre a escalada econômica da china
O fato é que a China, vem influenciando o mundo em diversos pontos – e aqui, faço um breve passeio pela sua história, e tento elucidar para você, os caminhos que pavimentaram essa escalada econômica que a fez se tornar até agora a principal aposta para superar a hegemonia americana.
Começamos pelo seu crescimento nas últimas quatro décadas – isso é, desde a abertura gradual para o mundo, sob a liderança coletiva instituída por Deng Xiaoping entre os anos de 1978 – 1989.
Chamado de arquiteto das reformas transformadoras, a “segunda revolução”, como ele mesmo dizia, foi o que trouxe impactos que são estampados no país até os dias vigentes.
Em um resumo breve – Xiaoping trouxe a modernização em setores cruciais para qualquer economia; agricultura, indústria, comércio, ciência e tecnologia – houve abertura para os tratados diplomáticos que naturalmente deu em capital estrangeiro e as instalações desses investimentos foram disponibilizadas em parceria com empresas chinesas.
A transformação foi realizada em coletivo, com uma administração disponível e aberta às considerações das competências das cidades e províncias.
Nesse apanhado, já são 43 anos do seu início, e é bem verdade que não houve um país com um comportamento econômico similar ao da China, e que tenha conseguido perfazer seus caminhos.
A pragmática administração, converteu um país rural em uma grande potência, um dos principais frutos colhidos foram aproximadamente 800 milhões de pessoas que saíram na linha da pobreza entre 1978-2021.
A constante modernização da china sem perder de vista a sua tradição
É impossível, ver a China de hoje, que eu e você somos convidados a conhecer mais e mais, sem olhar para seu passado, sua história e por que não, suas marcas na sociedade que são profundas demais para serem discutidas em uma mesa de amigos dentro do país.
A China se modernizou, mas não se ocidentalizou, os fundamentos que governam a nação e que cimentaram a sua trajetória, são baseados em anos de civilização – de ritos e costumes peculiares – nas minhas viagens, experiências de negócios e mesmo a vivência com amigos chineses, o que aprendi é que a sua ascensão econômica foi desenvolvida embaixo dos pilares que regem essa sociedade milenar.
Ensinamentos e protocolos sociais que não se parecem em nada aos do ocidente – portanto, os parâmetros ocidentais não irão redesenhar a política, leis e costumes desse país.
Falo de política e leis, pois é impossível governar uma população de 1.4 bilhão sem tratar de ordem e código civil – ela ascendeu da revolução cultural com esse desejo por organização, autoconfiança e desenvolvimento. E teve êxito.
A economia de mercado nos ensina que as forças da oferta e da demanda definem o que é comprado e o que é vendido. Na nova era, a China, define e domina o mercado de exportação e importação com suas ofertas e demandas.
A China já é a “fábrica do mundo’’ e, não é uma fábrica de produtos sem valor agregado e sem padrão, tudo que tem sido produzido pela indústria chinesa, já alcançou atributos, qualidade e tecnologia que impactará nas demandas do mercado brasileiro e em qualquer outro.
O futuro dos negócios está na China!
Aqui caminho para as minhas considerações finais – e deixo um pouco mais da minha visão sobre algo que sempre admirei na administração pública chinesa:
Primeiro, seu pragmatismo e cuidado aos detalhes e necessidades do mundo contemporâneo.
Em segundo, a Infraestrutura colaborativa à população, mobilidade urbana e seu investimento na educação e desenvolvimento dos jovens que são o futuro de qualquer nação.
Acredite, em 10 anos de idas e vindas, o que eu vejo é sempre um país cada vez mais arrojado e completo. Minha cidade preferida, é Shanghai – a capital do mundo moderno, ultrapassando muitas cidades outrora importantes no cenário econômico mundial.
Cada vez que vou, vejo uma China mais promissora e convidativa! Por mais que eu respeite e tenha minha afeição pelo Ocidente, não posso contradizer que o futuro é lá – não existe país ou empresa que queira ser grande, sem entender e respeitar a China.
Por fim, aqui começa o futuro das importações dos seus produtos – seja ele qual for conte conosco!
Roseane Mussi Daccache
CEO e Founder da Importa Coletiva